O CLAM lança pesquisa online em parceria com a Rede Feminista de Pesquisas da Internet, da Associação para o Progresso das Comunicações - APC. Participe!
A pesquisa, realizada em quatro países da América Latina, apresenta um balanço do conhecimento acumulado sobre sexualidade no âmbito das Ciências Sociais na região: no Brasil, o estudo foi realizado pela socióloga Teresa Citeli; na Argentina, pela pesquisadora Mônica Gogna; no Chile, por Tereza Valdéz; e na Colômbia, por Mauro Brigeiro (de próxima publicação).
Coordenação: Sergio Carrara (IMS/UERJ y Silvia Ramos (CESeC). Realizada em parceria com grupos ativistas e instituições acadêmicas, a pesquisa visa levantar dados sobre vitimização e discriminação de homossexuais na América Latina. Enfoca também aspectos relativos à sociabilidade e sexualidade de gays, lésbicas e transgêneros, além de traçar o perfil social e político dos manifestantes das paradas de orgulho GLBT.
Em parceria com o SPW - Observatório de Sexualidade e Política e a APC - Association for Progressive Communications, a pesquisa EroTICs é parte de uma iniciativa global que inclui equipes de Índia, África do Sul, Líbano e Estados Unidos.
Este estudo, coordenado por Maria Luiza Heilborn, está sendo desenvolvido em três cidades: Buenos Aires (Argentina), Rio de Janeiro (Brasil) e Bogotá (Colômbia). Nos três países a pesquisa começou em janeiro de 2007, estando prevista a apresentação de seus resultados finais para junho de 2008. O objetivo geral desta pesquisa é investigar as articulações entre o exercício da heterossexualidade e as questões relacionadas à contracepção e ao aborto.
O objetivo da pesquisa foi mapear o campo profissional da sexologia em seis países da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. A questão de fundo que move a investigação como um todo é a chamada ‘medicalização da sexualidade’.
Pesquisa comparada sobre direitos e políticas sexuais, que apresenta informações atualizadas sobre leis, políticas públicas e jurisprudência em termos dos chamados direitos sexuais em cinco países da região, como por exemplo aquelas que contemplam orientação sexual, direitos reprodutivos, violência sexual, Aids e outros temas. No Brasil, o documento original foi realizado pela antropóloga Adriana Vianna e pela cientista social Paula Lacerda; na Argentina, pelos pesquisadores Mónica Petracci e Mario Pecheny; no Chile, por Cláudia Dides e equipe; no Peru, por María Jennie Dador Tozzini e equipe, revisado e editado por Angélica Motta; e na Colômbia por José Fernando Serrano, María Yaneth Pinilla, Marco Julián Martínez e Fidel Alejandro Ruiz.
Coordenação: Anna Paula Uziel. Com o avanço da epidemia de HIV/AIDS nos anos 90, surgiram, em diversos países do mundo, projetos para a legalização da parceria entre pessoas do mesmo sexo. O teor desses projetos continua sendo objeto de controvérsias.
Coordenação: Luiz Fernando Dias Duarte. Este projeto visa estudar e discutir a relação entre a construção social da pessoa, o entranhamento familiar e os valores e práticas que envolvem a reprodução humana na sociedade brasileira contemporânea. Um foco analítico e comparativo importante é o das diferenças de ethos religioso envolvido em cada estágio dos ciclos do desenvolvimento pessoal e doméstico. Estão aí tematizadas questões, tais como: as estratégias de formação ou manutenção das redes de aliança / filiação, o comportamento sexual e reprodutivo, o tipo e grau de adesão a determinadas opções religiosas, e – finalmente – as condições de interrelação dessas dimensões nas carreiras e trajetórias dos diferentes sujeitos sociais.
Coordenação: Jane Araújo Russo. A pesquisa visa a analisar a transformação verificada no campo psiquiátrico contemporâneo, com a paulatina hegemonia de uma interpretação biológica dos transtornos mentais. Essa transformação ocorreu nos anos 80, a partir da publicação da terceira versão do Diagnostic and Statistic Manual of Mental Disorders (DSM III) da American Psychiatric Association. É importante assinalar que a mudança na compreensão dos transtornos mentais – de uma visão psicológica para uma visão biológica – não é um fenômeno isolado, fazendo parte, na verdade, de uma espécie de "rebiologização" de temas e discussões antes circunscritos ao campo do embate político, como as diferenças de gênero ou de raça.
Coordenação: Betania Ávila, Ana Paula Portella e Verônica Ferreira (SOS Corpo), Rivaldo Mendes (UPE), Kátia Lenz e Denise M. D. Gutierrez (UFAM), Marta Rovery (Grupo Transas do Corpo), Luzinete Simões Minella (UFSC), Maria Luiza Heilborn, Elaine Brandão e Cristiane Cabral (CLAM/IMS/UERJ).
Trata-se de uma pesquisa multicêntrica que tem o objetivo de avaliar o acesso e a qualidade do atendimento em contracepção e planejamento reprodutivo na rede pública de saúde do Brasil, na perspectiva de usuárias residentes em áreas urbanas e rurais.
O objetivo deste documento é analisar, de modo sistemático, as principais questões jurídicas referentes aos direitos relativos à sexualidade no Brasil, tomando por base os elementos mais importantes trazidos pelo documento estratégico "Direitos e políticas sexuais no Brasil". Cuida-se de uma análise principiológica, buscando estruturar a discussão jurídica brasileira em torno dos direitos no país relacionados à sexualidade.
No Brasil, são raros os bancos de dados sobre comportamento sexual e sexualidade produzidos para serem disponibilizados e aqueles que o são, quando muito, permitem uma forma limitada de manuseio. Tanto em termos qualitativos quanto quantitativos, o material não está organizado, muitas das vezes tendo recebido apenas tratamento preliminar. O objetivo do documento é mapear os dados existentes (de modo a produzir uma organização mínima que possibilite fornecer alguma inteligibilidade ao conjunto), assim como produzir um diagnóstico sobre sua qualidade.
Coordenação: Sergio Carrara. O objetivo mais geral da investigação é contribuir para o conhecimento do padrão de vitimização, no caso de violência letal, de homossexuais brasileiros; perceber como os casos são apreciados por policiais, juízes, promotores, defensores, médico-legistas etc., estabelecendo as diferentes imagens da homossexualidade que emergem em seu discurso; compreender como tais imagens e representações sobre a homossexualidade estão conectadas às mantidas pela sociedade abrangente, especialmente às divulgadas pela imprensa diária que noticia tais crimes e fornecer subsídios para a reflexão sobre o modo pelo qual as diferentes hierarquias sociais (gênero, classe, raça, sexo) articulam-se e interagem no Brasil.
Coordenação: Maria Luiza Heilborn, Estela M. L. Aquino, Daniela Riva Knauth e Michel Bozon . A pesquisa – uma das mais abrangentes que já se fez no Brasil – descreve as características sociais e demográficas da juventude e investiga seus nexos com as diferentes trajetórias de entrada na sexualidade e com possíveis eventos reprodutivos – como a tão discutida gravidez adolescente.
Coordenação: Fabíola Rohden. A medicina do século XIX e primeiras décadas do século XX contribui exemplarmente para a delimitação das características definidoras da sexualidade no mundo moderno, traçando as bases sobre as quais se assentam os debates científicos atuais. No que se refere ao Brasil, ainda temos pouco conhecimento de como a produção médica local se inseria nesse campo.