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Brasil
Prevenção na escola
A iniciativa dos Ministérios da Saúde e da Educação de instalar máquinas de camisinha masculina em escolas brasileiras públicas do ensino médio surgiu há quatro anos. A polêmica logo se formou e evidenciou mais uma vez as dificuldades de inserção da questão da sexualidade na educação juvenil. As discussões sobre o projeto permanecem e foram ampliadas, no final de outubro, com a instauração de um inquérito civil pelo Ministério Público Federal em Goiás (estado do Centro-Oeste brasileiro) requisitando mais informações, estudos científicos e base jurídica para o desenvolvimento do projeto. O dissenso se concentra em dois lados: o que justifica a medida como uma maneira de prevenir a disseminação de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) - como a AIDS -, evitar a gravidez indesejada na adolescência e usar a medida como forma de conscientizar os jovens sobre a sexualidade; e o que se opõe à ação, sob o argumento de que, por exemplo, haveria um estímulo à iniciação precoce da vida sexual. Os dispensadores de camisinha, semelhantes a um caixa eletrônico, compõe um dos braços de ação do Programa “Saúde e Prevenção nas Escolas” (SPE), e contam com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e dos Fundos das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e de População (UNFPA).Sua implantação está prevista, segundo o Ministério da Saúde, para o mês de dezembro deste ano. Serão 40 máquinas para seis escolas públicas nos Estados de Santa Catarina e Paraíba e no Distrito Federal. O projeto inicial deve durar 6 meses. Publicada em: 24/11/2010 |