TAGs
Traduzir
| |
Brasil
As identidades da Parada de SP
A 9ª Parada do Orgulho GLBT em São Paulo, que levou à Avenida Paulista mais de 2 milhões de pessoas no dia 29 de maio, foi campo para a pesquisa Política, Direito, Violência e Homossexualidade, realizada numa parceria do CLAM (IMS/Uerj) e do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC/UCAM), autores do projeto, com a Universidade de São Paulo (USP) e a Unicamp. O estudo, inédito na parada da capital paulista, visa traçar o perfil social e político dos manifestantes e levantar dados de vitimização e discriminação de homossexuais no Brasil. Violência, discriminação, leis e direitos são enfocados Foram respondidos cerca de 800 questionários com 37 perguntas cada, divididas em cinco blocos. O primeiro bloco procura identificar a identidade sexual dos entrevistados. O segundo aborda questões de conjugalidade e parentalidade.O estudo enfoca também aspectos relativos à sociabilidade e sexualidade dos manifestantes. Na primeira questão do bloco sexualidade o entrevistado responde se já assumiu sua orientação sexual para a família, amigos, colegas de trabalho, de escola ou faculdade, ou mesmo se ainda não assumiu. A próxima série de perguntas trata de mobilização, direitos e violência e avalia o conhecimento do respondente a respeito de leis estaduais e federais que beneficiem gays, lésbicas, travestis, transexuais ou bissexuais. O questionário passa então a abordar questões ligadas à violência e à discriminação. O entrevistado é questionado se já foi vítima de algum tipo de discriminação, de agressões verbal ou física, de violência sexual ou de chantagem e extorsão. O estudo investiga ainda qual a agressão mais grave sofrida pelo entrevistado, quem a cometeu, onde e se a vítima relatou o fato alguém ou a algum órgão de defesa. Também foram coletadas opiniões do entrevistado em relação ao projeto de Parceria Civil, que prevê o reconhecimento legal das uniões afetivas entre pessoas do mesmo sexo, e sobre gays, lésbicas, transgêneros ou bissexuais terem ou criarem filhos. O último bloco traça o perfil sócio-econômico e toca em assuntos como raça e religião. O estudo passará agora para um banco de dados e resultará em um documento. O documento com os resultados da pesquisa do Rio de Janeiro de 2004 será lançado no dia 23 de junho, no Museu da República, às 19h, durante a Semana do Orgulho GLBT da capital carioca, que termina com a realização da Parada de Copacabana no dia 26. Clique aqui para fazer o download do relatório do Rio/2003. Publicada em: 06/06/2005 |