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Para pesquisadora, questão central do aborto não é a microcefalia, mas o direito à saúde da mulher

A ONG feminista Anis, sediada em Brasília, fez parte de um grupo de ativistas e acadêmicos que pediu ao STF que autorizasse o aborto de fetos com anencefalia. Em 2012 uma decisão histórica concedeu às mães desses bebês o direito de abortar. Em meio à epidemia de zika e a explosão de casos de microcefalia, associada à doença, a entidade reabre o debate e defende que a permissão seja estendida às grávidas infectadas pelo vírus. Em entrevista exclusiva à repórter Ciara Carvalho, a pesquisadora e professora da Anis Débora Diniz explica que a discussão central não é a microcefalia, mas o direito ao planejamento familiar e à saúde da mulher.

JORNAL DO COMMERCIO – Médicos apontam que uma das questões mais difíceis no caso de aborto dos bebês com microcefalia é definir a forma como isso seria feito, já que a identificação da doença só é possível, em geral, com 30 semanas, quando a gravidez já está num estágio muito avançado. Como você vê essa situação? A ação sugerida pela Anis trata de como seria esse procedimento?

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Publicada em: 29/03/2016

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