Dezesseis Travestis das cinco regiões do Brasil se reuniram em Brasília, entre os dias 16 e 18 de janeiro, para criar peças publicitárias sobre promoção da identidade e do respeito aos direitos dessa população.
Os materiais elaborados por elas, durante uma oficina de criatividade, serão produzidos e distribuídos pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, responsável pela iniciativa.
O lançamento está previsto para o fim deste mês, por ocasião do Dia da Visibilidade Travesti (29 de janeiro).
Vítimas de violência e da dificuldade de acesso a serviços públicos, como saúde e educação, as Travestis tornam-se mais vulneráveis à infecção pelo HIV.
“Longe das escolas, muitas delas ficam excluídas do mercado de trabalho e acabam tendo como opção de trabalho a prostituição”, explica o diretor-adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa.
Não acolhidas de forma adequada nos serviços de saúde, elas também têm mais dificuldades para recorrer aos instrumentos necessários à prevenção das DSTs e outros problemas de saúde.
Nesse contexto, uma ação que promova a visibilidade e promoção de respeito atua para diminuir as situações que as deixam mais expostas ao vírus da aids. Os públicos da iniciativa são profissionais de saúde e educação e as próprias Travestis, como forma de incentivar a solidariedade entre elas.
Durante a oficina de criatividade, elas produziram ringtones para celulares, cartões postais, cartazes e vídeos, que serão utilizados como virais na internet.